Hoje, no Brasil, milhares de
pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades
em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho(MARIA REGINA
CAZZANIGA MACIEL). A palavra liberdade já não mais existe, pois como se
pode falar em autonomia, independência quando se está preso não a uma cadeira
de rodas ou a uma bengala, mas sim a um Estado omisso? Afinal, analisar os
potenciais de cada um é muito mais difícil que se ater às aparências. Como
diria Elis Regina: “as aparências não enganam não”. Sim! A aparência de um
Estado proliferador de leis e preguiçoso para pô-las em prática “não engana
não”; porém a “aparência” de que um cego, surdo, autista não é capaz de
transpor os seus obstáculos soa um determinismo descabido.
No
universo estudantil, movimentos nacionais e internacionais têm buscado o
consenso para a formatação de uma política de integração e de educação
inclusiva, sendo que o seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação
Especial, que contou com a participação de 88 países e 25 organizações
internacionais, em assembléia geral, na cidade de Salamanca, na Espanha, em
junho de 1994( MARIA REGINA CAZZANIGA MACIEL). Esta conferência resultou
na chamada “ Declaração de Salamanca”, a qual defendia dentre vários pontos a
inserção de crianças e adolescentes com deficiência mental, motora em escolas
regulares, deixando as especiais para os casos que realmente se fizer mister
para a aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana aos “incapazes”
supracitados.
A
sociedade está tão doente que recebe a notícia, de que um ser humano com alguma
deficiência irá nascer, como se este fosse um monstro. Os pais, normalmente, se
perguntam onde erraram, porque aquilo está acontecendo com eles, o que vão
fazer como essa “bomba”, alguns cogitam em até matar seu próprio filho antes
dele ver a luz do dia. Os médicos comunicam essa situação com se esta fosse o
fim da linha, como quem dar um diagnóstico de câncer terminal. Vale fazer aqui
um paralelo com o filme “ O Óleo de Lorenzo”, o qual retrata uma família comum
que em determinado momento descobre que o seu único filho possui uma doença
degenerativa, e pior ,até então, sem cura garantida pela ciência. Esses pais
lutam, em vez de se culparem, o filme inteiro, e ao final descobrem a cura para
a doença do seu filho. Parece que se parássemos de encarar as deficiências como
problemas iríamos evoluir como pessoas.
Links:
Artigo: Portadores de
deficiência: a questão da inclusão social.
Por: Maria Regina
Cazzaniga Maciel
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