segunda-feira, 12 de maio de 2014

Igualdade significa justiça?


Segundo mostra estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo Demográfico de 2010, no Brasil há cerca de 45,6 milhões de brasileiros com mobilidade reduzida, ou seja, quase 24% da população. Desses, 35.791.488 apresentam problemas visuais, 13.273.969 dificuldade motora, 9.722.163 perda auditiva e 2.617.025 com deficiência mental/intelectual. Por conta desta realidade, a inclusão de pessoas com deficiência deve acontecer em todos os lugares, é que mesmo nos locais que adotam rampa, corrimão e escadas adaptadas aparentemente adequadas existem problemas em atender às especificações técnicas. A elaboração de Planos de Mobilidade e acessibilidade, não só é uma exigência legal, como é também um grande avanço para a cidade como um todo, visto que os estudos desses planos viabilizam o crescimento da cidade em harmonia com o direcionamento de outros vetores, como o transporte e ocupação do solo. Além disso, a elaboração desses Planos em conformidade com as diretrizes do Ministério das Cidades são pré-requisitos para captação de recursos federais que geralmente não são aplicados por falta de projetos adequados. Mas é isso que realmente acontece?
É interessante afirmar que não tem como haver o exercício da cidadania, sem a inclusão social. As pessoas com deficiência, tem que ter todo o amparo e artifícios para poderem viver como alguém que não tenha uma deficiência. Para isso, existe inúmeras leis que os apoiam, mas em contrapartida, a falta de fiscalização e corrupção dos grandes órgãos, terminam por deixarem as leis no papel. É muito comum encontrarmos na cidade de Salvador, a falta de respeito ao portador de deficiência. Seja nas vias, nos prédios comerciais e de estudo, nos órgãos públicos, academias, locais de lazer, dentre outros. A falta de conhecimento da grande maioria também tem um forte impacto no não exercício da cidadania por todos. Muitos tem uma visão antiquada e retrógrada que inclusão social é rampa e pronto. Mas e piso tátil? Aparelhos adequados a deficiência auditiva e visual? E placas em braile? E remédios para deficiência mental disponível para a população carente? E hospitais, escolas, repartições e centros comerciais com pessoas capacitadas para atenderem os deficientes? Em pleno ano de 2014, a falta de igualdade impera na sociedade, e uma questão muito grande nos faz refletir: igualdade significa justiça? Após várias pesquisas, definitivamente a resposta é não. Igualdade só é considerada justiça entre os iguais. Para os que possuem diferenças, eles devem ser prioritárias, ajustadas e só assim teremos justiça, como na figura que ilustra o texto.

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